Como uma pedra...
nunca irei dizer adeus,
pois não quero te encontrar.
e nunca poderei falar de amor,
pois não espero te amar.
e como uma pedra,
sigo parado;
calado no tempo,
perdido ao vento,
e amado pelo lamento.
e como uma pedra;
pareço estar sem motivos,
sem sentimentos,
e sem razões...
frias são as palavras,
distintas ao indefinido;
confusos versos,
prometidos a morte...
eles não esperam agradar;
nem pelos amores,
nem pelas dores...
apenas procuram pelas palavras no passado não ditas;
e apenas se contentam com ataques sem relevância da realidade...
e a minha tristeza era um lar sem teto,
e as paredes da minha casa eram lembranças;
que uma após a outra foram desmoronadas pelo arrependimento...
e eu seguia solitário,
e continuava buscando o sol;
mas só a chuva pode me acompanhar durante esses anos...
e assim permaneci;
como uma pedra solitária e fria,
sem vontades e expectativas;
fui me tornando uma pessoa escrava de meus próprios erros...
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