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20/02/2012

OPÑR

Ela em mim...

estradas fartas da solidão,
caminhos eram alternativas para uma paixão,
um rumo poderia trazer um coração,
mas a fé criava a ilusão;
e a esperança deixava um clarão pela escuridão,
(era inabalável,
insubstituível,
que talvez fosse durar apenas um instante)
buscando os olhos pela multidão,
enxergando o vazio pela emoção.
trilhando sonhos;
palavras fiéis em verdades escondidas,
silêncios cruéis nas realidades vividas;
em tempos finais nos momentos especiais,
em criações infelizes de desejos meus,
nas perfeitas tardes da história,
nos espaços,
nos abraços,
em traços desenhados na parede da alma;
fui encontrando agrado,
fui esperando o amanhacer de sol quente;
eu fui deixando as marcas esquecerem da saudade,
eu fui ficando para trás,
e fui me tornando um carro de fuga;
sempre quando as coisas não eram boas,
eu estava sem voz para calar o medo,
sem ação pelo lamento,
sem ela para curar o sofrimento...
lágrimas caídas,
palavras prometidas;
sem chance e romance,
por um acaso pelo caso;
me tornei um motivo para não se amar,
nem tentar;
eu apenas deixei que ela fosse para longe,
distante até em pensamento,
ela se tornou o sol e a noite.

19/02/2012

OPÑR

Algumas Palavras

uma paisagem solitária,
os raios de sol que cortavam o céu;
indicavam lugares para onde fosse brilhar o amor,
caminhos vazios por universos paralelos,
um destino sem problemas e sem causas;
palavras sentidas,
canções ouvidas,
gritos calados;
eu esperava os meus dias,
as histórias não criavam tempos;
eu desejava os abraços,
as portas fechadas deixavam marcas;
e as coisas faziam barulhos;
e ela foi fugindo pelo silêncio...
rostos mudavam os traços,
amores criavam os acasos,
sem motivos nada seria meu ou seu;
sem aquelas nossas razões,
a felicidade poderia nem existir;
mas não bastava seguir passos,
nem alcançar os atrasos já era certo;
só restavam as chances para colocar um propósito real,
sem imaginar muita verdade,
pensando em algo para ter na realidade,
fui ficando velho e com saudade.
noites para me esquecer já lembravam de você,
as páginas em branco escreviam o seu nome,
as paredes vazias tinham a sua face,
quartos cheios de cartas e mundos;
algumas palavras eram tristes,
algumas palavras foram reais,
algumas palavras apenas ela entenderia...

18/02/2012

OPÑR

um caminho sem destino para trilhar...

perdidas memórias por passados sem histórias,
glórias iludidas pelas páginas sonhadas de um amor,
nos encontros pelo destino;
um pouco de sorte,
um vento sem direção,
uma lágrima jogada,
uma palavra calada;
e as coisas seguiam sem parar para qualquer que fosse o pedido...
as flores caíam pelos caminhos,
passos calmos pela chuva,
os trilhos miravam o sol;
e mesmo sem nunca saber;
nem sempre tentando;
quase estávamos juntos,
mundos confusos,
mentes brilhantes,
criações por esperanças;
e eu esperava uma resposta quando o silêncio deixava as perguntas.
isso é apenas um sonho,
as pedras no chão indicam a estrela,
isso não é apenas uma vida,
as pessoas caídas clamam a chance;
e seguimos para longe,
sem se preocupar com o amanhã;
estamos esquecendo da solidão,
para vivermos sozinhos um caminho sem destino para trilhar;
vagaremos por tempos e noites sem a felicidade para iluminar,
andaremos por estradas e acasos sem um coração para amar,
estaremos livres,
estaremos calados,
estaremos esquecidos;
criando uma fé,
esperando o sol,
ouvindo a chuva para dormir,
sentindo a dor para se arrepender,
um dia triste para minha vida,
um dia tarde para as nossas;
um sentimento que partiu os espelhos,
um momento que uniu os pedaços;
os olhos fechados,
os braços cruzados,
os amores jamais jurados;
assim eu continuava caminhando por distâncias agradáveis sem desejar muito agrado,
assim seguia os passos marcados por quem já tinha vivido ao meu lado...
fui deixando traços,
fui marcando os tempos,
fui amando e esquecendo.

16/02/2012

OPÑR

Viajando pela estrada...

olhos livres seguiam o sol,
eles miravam as estrelas distantes,
acreditavam nas luzes pelas ruas,
não entendiam tristezas;
aprenderam a trilhar um rumo vazio por lágrimas.
palavras de fé em pessoas e sentimentos,
crenças e esperanças por passos,
tempos sem passados,
histórias sem atrasos,
destinos sem acasos;
eu tinha uma vida e escolhas,
eu seria em algumas vidas uma chance,
decidir para errar,
ou seria sorrir para seguir;
não importavam os fatos,
eu queria seguir não sendo um deles;
e até quando escrevermos nas linhas,
nos guiaremos para uma estrada apenas minha e sua.
mentes por silêncios...
criando espaços,
calando abraços,
jurando laços.
viajando por mundos,
pelas multidões cegas,
pelas solidões eternas,
por uma estrada que não teria um fim...

12/02/2012

OPÑR

Pequenas gotas da chuva...

as lágrimas riscavam o caminho,
o céu cinza não tinha rumo,
palavras por promessas,
silêncios por descrenças,
destinos incertos estavam se deixando sofrer,
os corações se calavam pelas noites para morrer,
as histórias já tinham chegado ao fim quase sem perceber.
eu era simples sem precisar de algo irreal,
e fui acumulando aqueles sonhos iludidos,
confundindo as mentes que me faziam bem,
criando dias para ninguém me viver;
eu já estava longe,
procurando distâncias solitárias para me deixar esquecer,
e seguia apenas pelos seus últimos sorrisos;
continuava perseguindo felizes e amáveis traços em seu rosto,
pois a chuva iria passar,
pois aquela tempestade fugiria para nunca mais voltar,
e quando eu estivesse trilhando algum rumo pela luz,
lembraria daquelas pequenas gotas da chuva que não deixam mais marcas;
e então saberia mudar cada lugar sem precisar amar;
pois a saudade muda o tempo,
e o sofrimento não procura lamento.
apenas me deixe livre...
apenas me deixe quieto...
apenas não me deixe...

11/02/2012

OPÑR

Riscos e Marcas

dias e lugares sem o amanhã,
noites e lágrimas pela solidão de um tempo,
éramos problemas,
mentes perdidas pela saudade;
por onde tudo que fosse passar feliz era um adeus,
e todos partiam para bem longe sem sorrisos.
mundos falantes,
corações calados;
fugas sonhadoras por horas de uma ilusão,
era um céu cinza cheio de estrelas na minha mão;
histórias tinham um fim,
as estradas levariam rumos;
caminhos contados por um criador de traços infelizes,
despertavam os olhos de quem não o sentia.
riscos pelos ventos deixavam lembranças,
as marcas deixariam esquecimentos sem volta;
enquanto eu caminhava pela chuva sem admirar cada marca que ela deixava em mim,
as pessoas tentavam surpreender o seu próprio destino;
e a cada marca da vida tudo mudaria,
mas deveríamos sentir as poucas verdades para que pudéssemos acordar;
então abra as portas,
ouça,
e deixe aquele senhor te fazer brilhar;
sem explicações por emoções,
uma razão que me faria acreditar nas pessoas...
eu andava sem os meus passos,
não poderia reverter os resultados;
números e figuras já estavam desenhados nas paredes,
e eu continuava pensando por memórias que se deixaram esquecer das coisas boas;
pequenos silêncios que ficaram dentro da prisão,
fartas interpretações cheias de erro,
eu estava riscando os muros,
eu não estava criando marcas,
e assim tudo deixaria de existir;
sem comunicações,
sem aprendizado,
sem sentimentos;
sem mim...

07/02/2012

OPÑR

A Vida e o Tempo

intenções induzidas pela necessidade...
razões sem a verdade,
amores jurados por uma felicidade,
eram dores e a piedade;
tempos que manchavam a história sem eternidade,
eram puras horas de sinceridade,
e as poucas palavras que contavam a realidade;
se foram por silêncios e sonhos de um covarde.
lembranças jogadas ao vento (sem direções felizes),
luzes nas estradas ao relento (sem focos amáveis),
lágrimas atormentadas ao lamento (sem corações);
eram dias sem fé,
noites frias e camas vazias;
palavras tão suas,
sentimentos tão meus;
coisas que viveram sempre sozinhas...
a solidão que acompanhava os dias de sol,
era a mesma que iluminava o céu;
tudo foi ficando mais para trás,
o passado se tornou algo inalcançável;
e as pessoas já tinham perdido as memórias boas...
aquelas mentes inocentes das crianças;
que hoje vivem sem a esperança;
olhavam cada mundo morrer,
e a cada gota de chuva que caía;
um rosto era marcado pela perda.
e não precisamos de mais dias;
o tempo se torna longo,
quando tratamos a essência como a vida.
e assim fomos ficando pelo caminho...
e assim nos deixamos esquecer do tempo...
e assim fomos esquecendo da vida...

05/02/2012

OPÑR

Opiniões ( o amor e outras palavras)

um gerador de luz quase própria,
criador de acontecimentos falidos,
sonhador da felicidade falada,
realizador da história sem marcas,
eu tinha tudo que me amava;
eu seria todo o amor;
eu dizia calado o que não era difícil falar,
eu sentia em silêncio tudo que mais queria amar,
eu escolheria os dias de sol;
eu decidiria por tempos brilhantes;
entendendo a vida,
sabendo viver,
querendo estar vivo;
tudo era simples de se esquecer,
menos a forma de achar de cada um de nós...
opinar sem optar,
era complicar sem errar;
mas era tão necessário quando amar.
somos nós que deixamos as lágrimas caírem pelo caminho,
pois sabemos que cada rumo pertence a um destino;
e todos somos horizontes esperando pelo sol.
lembrar para agir,
tentar hoje para surgir,
amar para sorrir,
imaginar o amanhã como se nunca existisse fim...
o medo e a opinião,
faziam com que essas coisas se tornassem palavras.

OPÑR

duas sombras

os dias de hoje pensaram para trás,
olhos abertos incertos por destinos,
memórias gratas,
silêncios por verdades,
tempos perdidos por vidas erradas;
sem momentos e sentimento,
um pouco de ocasião,
e mais um pouco do acaso pela emoção,
e quando era simples;
estive abalado,
e quando eu estava confuso;
uma luz me acompanhava deixando as respostas...
tiros por corações que abalavam arrependidos passados,
mentes que eram sonhadoras se tornaram insanas,
dias pelas perdas e vitórias;
éramos continuas histórias,
e tudo teria um começo sem fim;
e tudo seria um estrada para trilhar o saber,
talvez esse tudo ainda fosse pouco para o amor;
mas para que perder essa razão,
se poderiamos ganhar o mundo por dois corações;
duas sombras unidas,
duas sombras que brilharão pela noite,
e que deixarão marcas e saudade pelo rumo natural da vida;

e por que nos deixamos se esquecer pela escuridão?

04/02/2012

OPÑR

Recordações

eu teria horas solitárias,
eu fugiria da dor pelas lágrimas,
eu criaria mundos vazios,
eu caminharia sem direção pelos trilhos;
e decidiria não escolher,
pois descobriria cada letra do segredo;
por um erro que deixaria a lição.
(mas não estou tendo resultados;
para ser um velho infantil,
tive que trilhar um sonho solitário sem acasos;
até que tudo se tornasse inútil,
eu estava acabando com os nossos dias...)
e penso nos dias,
e vivo cada futuro,
e invado espaços,
e brinco com a liberdade de amar...
guiando as memórias para longe,
fugindo das felizes noites,
calando as multidões,
vagando pelas solidões,
desejando medos apenas meus,
explorando as eternidades,
libertando pássaros sufocados...
vozes perdidas,
gritavam pelos passados sem rumo;
amores confusos,
me chamavam pelas palavras sem emoção;
(e eu acho que apenas tive coisas que passaram para não voltar)
recordações que sempre lembraram sem imaginar erros.

OPÑR

eu poderia te tocar

longas linhas pelo tempo,
infinitas histórias por um momento,
estradas que poderiam guiar destinos;
palavras que poderiam seguir caminhos;
eu que poderia te tocar,
estaria livre para o amor;
mas sempre tão seu para sonhar,
não poderia te tocar,
mesmo que sentisse o seu coração tão perto de mim gritar,
o meu silêncio deixaria aquele segredo guardar.
ventos e distâncias,
nada mais poderia causar medo;
tudo era desapego;
pois eu fugia por lembranças,
as saudades protegiam as minhas fraquezas,
e as poucas certezas;
tiveram escolhas e perdas,
mas o tempo era verdade,
(as lágrimas diziam isso)
e as coisas que deixei não tinham a felicidade;
e tudo o que precisei,
(acabou mudando amanhã)
e tudo aquilo que falei,
(se tornou a mentira)
e tudo que busquei,
(realizou outros sonhos)
e apenas seguia sem atrair promessas,
seguia sem poder faze-la real,
longe dos olhos,
muito distante das mãos...