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11/03/2012

OPÑR

Cicatrizes

uma visão solitária desabava as paredes,
acenava um adeus,
corria das coisas que a machucavam;
marcava os reflexos na lua,
mas ninguém poderia enxergar aquela luz.
uma saudade distante,
naquela mente que produzia as histórias;
no caminho cheio de inspirações,
de silêncio suave e tristeza pura;
as estradas eram mais curtas e frias...
mais do que nunca eu gostaria de uma coincidência,
sempre tentei acreditar naquelas emoções,
mas talvez tenha perdido os passos,
para confundir os traços;
e provavelmente eu deva ir embora;
fugir para outros lados,
pois o acaso aguarda mais tarde;
naquelas últimas vezes de amor por todos os lugares,
que me fizeram voltar inúmeras casas para trás;
na vida que criaria a surpresa,
num abismo sem tempo e cura que me joguei...
as minhas teorias se foram,
os planos ficaram desmarcados,
as manchas nos muros se apagaram,
e eu continuei com aquelas cicatrizes por falta de um coração.

10/03/2012

OPÑR

Califórnia

trilhas no espaço brilhavam pela noite,
linhas no traço brilhante daquelas palavras desconhecidas.
no caminho da liberdade existiria um limite,
nos rumos da felicidade encontraríamos sempre uma lágrima;
e era normal se a chuva estivesse ao lado do sol,
pois seria simples contornar o universo sem querer um amanhã;
quando o amor fosse me levar para bem longe...
para livros sem letras,
crie as formas;
para a solidão,
esqueça os atrasos vazios;
para os dias preencha uma vida feliz,
para viver basta contrariar o que as luzes distantes da Califórnia indicam...
doses e dores,
lares abrigavam as minhas falhas,
passos errados deixariam as marcas;
naqueles mundos em pedaços,
por aquelas mentes do acaso,
poucas histórias para se fazer uma poesia,
eram poucas as memórias para me fazer a alegria.
as esperanças mudavam os lugares,
as ilusões me deixavam sempre no mesmo canto;
o sonho esquecia a dor,
os muros separavam as partes reais e fiéis;
mas eu seguia por aquelas ruas da Califórnia,
e continuava sem entender onde estava o meu caminho.

09/03/2012

OPÑR

Segundos de vida...

olhos livres voam pelo céu,
as nuvens viajam pelas paisagens cinzas,
as estrelas caem sem esperança,
a luz pela escuridão se desfaz pela distancia;
os tempos sopram as letras,
as marchas não indicam caminhos,
o silêncio sofre arranhado,
as paredes frias de um quarto.
as folhas marcadas,
as páginas viradas,
os sonhos traçados,
os lares abrigados;
muitos corações permaneciam sem traços.
ilusões sem estradas de volta para casa...
eram dias em terras desconhecidas,
eram dias por lutas caladas,
éramos aquele tempo lembrado;
eram noites eternas em poucas lembranças,
éramos memórias,
eram histórias sem glória,
éramos a guerra e a paz,
solitários grupos,
passos sozinhos,
mentes vazias.
poucos segundos de vida,
arriscar sem errar;
sem saber a hora de amar,
pela essência sem aparência,
pelo jeito sem perfeito;
cada segundo é vida,
cada vida é chance,
cada fim é uma saudade,
cada saudade é uma trilha;
sem promessas de rosas,
sem desculpas por falhas
sem marcas das faltas;
imagine e construa,
(universos falantes)
e chore sem largar ao chão lágrimas;
bradando até o último guerreiro,
lutando até a última força,
acreditando até o último segundo,
na vida daquele que acredita em você.