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27/10/2012

OPÑR

X e Y


a história escrita não se fazia viva,
enquanto o sol da manhã ainda não brilha;
quantos perdidos na multidão?
casas com as portas fechadas,
grandes campos limpos e vazios,
crenças pelos muros;
a liberdade em uma infinita e invisível linha,
e ainda tudo se conservaria na beleza daquela lembrança...
senti os tempos,
por uma vida sem formas e números;
vivendo os erros,
de algumas lágrimas em silêncio;
sem poder controlar cada destino,
sem até mesmo fugir de cada um deles.
eu era a sua estrada de volta para casa,
o céu iluminando os seus passos,
cada dia em sua vida,
cada essência pelos seus erros;
cada voz em sua mente,
cada lado do seu reflexo...
(mas eu deveria saber não durar para sempre,
saber que cada dia acaba sem volta,
e que cada marca deixa um fim,
mesmo ainda sendo o seu bem...)

26/10/2012

OPÑR

Doses

um céu cheio de cores,
a noite escura,
a ferida aberta (sem dores),
a paixão tão sua,
o sonho era um pouco da minha verdade,
pela realidade que caminhava por um vago tempo,
no ilusório mundo sem piedade,
deixei que ela se fosse sendo um lamento.
os poetas viviam pelo passado,
a saudade me acompanhava;
ainda longe tão ao seu lado,
senti que lhe amava;
quando já não haviam estradas,
e as letras ainda não te marcaram;
e o único rumo foi andar sem distâncias ou destinos certos...
eu havia ficado mais sábio com o amor,
tanto que já não o tinha em meu lar;
tanto que segui por palavras sem a verdade,
tanto que tive que deixar de encontrar algum ideal;
tanto que foi tão pouco para ser o que você poderia precisar.
o improvável não é inaceitável,
quando o inevitável é tão real;
os dias se passam por qualquer lugar,
muitas mentes criam sem realizar,
a multidão se cala perante uma lágrima no olhar;
e tudo fica meio perdido,
sem direção,
sem promessa,
sem o entrelaço nos dedos,
sem um pouco de cada um...
(o adeus novamente)