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25/11/2012

OPÑR

Trecho Final


o sol quando adormece...
os dias próximos acabarão sem outras vidas,
(são essas as horas que não contamos)
a canção dos homens é uma mentira,
pelo último adeus sem caminho;
lustres caídos no chão,
depois de tantas palavras penduradas em promessas,
os tempos mudarão de qualquer jeito sem a mesma velha forma,
por passos sem destino ou quando os ventos se desencontrarem;
as lágrimas em cartas ainda trilharão as minhas palavras ...
(...)

19/11/2012

OPÑR

Contexto Póstumo


os últimos dias,
os primeiros erros,
quando não se estava vivendo por recordar,
se vivia sem sonhar;
meras lembranças tão jogadas ao horizonte,
sem um rumo certo,
sem que eu nunca mais pudesse segui-las...
as vezes de um tempo sem volta,
as horas de uma razão sem momento,
quando não se encontravam  rosas para se amar,
se achavam poucos rostos felizes.
luzes, sinos e corações,
o gorjear do pássaros em uma pura canção...
alguma palavra que eu ainda não saiba?
existem muitos caminhos que nunca foram marcados,
recém nascidos que jamais sorriram ou choraram;
todos sempre se encontram e se vão,
e ser você mesmo,
pode ser tudo a se fazer;
pois mesmo que ocorram tempestades,
e que se faça o sol;
a vida se encontra sem formas exatas a serem descobertas..
e vivemos de miséria,
nada é uma certeza;
criamos várias mudanças,
e sempre estamos caindo pelo mesmo motivo...
os meus pés não podem mais marcar o chão...

16/11/2012

OPÑR

"Forever Away..."


quando aquela tarde o sol se foi sem mais voltar,
pelos tempos que se vivia a mesma vida por vagar,
alguns resumos errados,
algumas palavras trocadas,
todos os dias sem um outro caminho,
almas se amavam sem a eternidade,
tragédias pelas rosas caídas no jardim,
luzes no céu,
a fumaça estava indo tão lenta até o seu olhar,
o dia se estendia a noites sem o luar,
tão longe dos gritos,
e quase chegando perto de uma lágrima;
na falta ou perda,
sem nenhum motivo,
sem qualquer propósito,
sem aquele sonho tão sempre seu...
passos longe de casa,
levando os velhos livros pela escuridão,
deixando escrito cada marca no destino,
esquecendo aquelas histórias antigas,
recolhendo algumas folhas do chão,
e seguindo sem os meus olhos certos;
quase sem querer que o tempo fosse único,
quase não aceitando cada fim,
o sentimento já era outro,
e talvez fosse melhor mudar,
querer ir onde poucos foram,
não falar quando pensar fosse mais agradável,
apenas imaginar quando fosse a hora de partir;
sem mais se preocupar com cada rumo que a vida fosse me levar...

15/11/2012

OPÑR

"Algum Profeta da Califórnia"


nos braços de quem havia largado um sonho,
nos olhos que deixaram de seguir o sol no horizonte,
nas palavras que já estavam caladas,
e pelas promessas ainda vazias;
ele buscava aquela em que as suas memórias amavam,
sem estar triste por tantas mudanças e distâncias,
mesmo perdendo o tempo a cada instante;
mesmo tentando não cair e lembrar;
um céu sem rumo,
um dia sem horas,
uma lágrima parada em seu rosto,
uma carta sem o amor;
quando as perdas foram normais,
e os encontros tão pouco casuais;
eram eles dois lados de um mesmo mundo imperfeito.
ele não poderia ser a sua alegria;
ou apenas um coração para sua vida,
ele jamais viveria em um eterno amanhecer,
sem rosas nas mãos,
sem o mesmo destino de seus passos,
por alguma brisa no verão esperaria...
o abraço antes do erro,
a proteção antes da tempestade,
de alguns passados viveu,
para certos quis até voltar...

02/11/2012

OPÑR

Nesses dias sem ela...


um dia pelo tempo tão longe e sem nada,
alguns sons e memórias naquela tarde calada,
histórias em papéis no chão,
outras glórias num silêncio em vão;
e ainda tudo se tornava tão imenso e frágil perto de você.
não tenho mais nada o que fazer,
sem caminhos não haveria um céu para seguir marcando os passos,
sem um rumo certo estar deixando a cicatriz errada,
eu estava perdendo e aprendendo novamente...
minha doce princesa,
lutava tão perdida e sozinha;
aquela era  minha luz distante,
brilhando tão fria em cada instante;
pelo amanhã melhor em cada mente,
por um mesmo sonho afundado,
somos aqueles velhos e novos tempos...
minha doce princesa,
sem os seus traços em minha pele,
sem poder ver a felicidade com os olhos abertos,
correndo para longe,
se afastando das tempestades;
fugindo sem uma religião ou fé...
velha maneira que não detém as coisas,
uma brisa de verão que não é sentida,
algo tão agradável,
mas isso poderia ser tão doloroso;
sem dividir os lados,
um buraco negro no céu,
levando cada momento sem qualquer escolha,
e de nada adiantaria arrependimento,
rainhas e princesas,
perfeitas e erradas,
noites sem dias;
chances que nunca existiram,
uma última música,
como num suicídio,
pelas ruas vazias,
nas catedrais cheias de lamento;
a perda sem volta...
na melodia dos sentimentos,
no ritmo de meus pensamentos;
daquela doce princesa,
de asas tão leves,
de casos tão raros,
de dias assim sem mim...