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05/04/2012

OPÑR

Cachoeira

aqueles caminhos distantes consumiam o tempo,
partiam os muros;
mas eu não estava livre.
permaneci preso a sua ausência,
e a dor de um dia solitário,
perdurou durante épocas frias de minha vida.
e naquela falta tudo se mantia em silêncio,
pois deixei me calar perante uma lágrima e a saudade;
as noites envolviam as rosas,
por entrelaços de amor e esquecimento,
num vento ao virar das páginas,
palavras já criadas ao próximo lamento,
pois os sonhos passavam pela ponte,
sem as conclusões para viver,
um bando de pássaros,
um buque de flores,
pelas cartas jogadas no chão,
mentiras presas por gritos de silêncio;
sem esperança para escrever um sorriso em cada face,
sem a felicidade para esquecer a distância;
estrelas confusas pelo espaço,
brilhos escondidos nos traços;
por toda a eternidade que imaginei,
naquele caminho houve um ideal,
que por cada rumo viveu um amor irreal...
nas cachoeiras que tudo passam,
estava longe de nós,
senti tristeza,
e até quando a certeza fizesse um agrado,
ao meu lado;
estariam sempre aquelas fotos antigas;
outros lugares,
novas pessoas;
tudo seria passageiro,
e teria um fluxo normal.

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