buscando uma vida nas lembranças...
partindo por estradas sem luzes,
cidades de cruzes;
nos olhos livres de um amor prisioneiro,
poucos relatos,
poucos fatos,
todos calados;
e as vidas paravam de sonhar,
os lugares permaneciam limpos e solitários,
pelas encruzilhadas as marcas,
pelos rumos muitos passos incertos;
e o dia estava ficando mais cinza,
nas horas que passavam como gotas de uma tempestade;
as lágrimas me calavam,
se deixavam percorrer aquele traço infeliz;
um medo que não pude conter,
um grito que não se ouvia,
uma mão que não me sentia;
palavras soltas pelo céu,
nas histórias que teríamos ainda desacordados,
por memórias seríamos um retrato;
e pelos abrigos vazios as almas perduravam,
nas esquinas os sinais,
nos jardins as rosas;
tudo estava ocupando o seu lugar;
em pensamento que guardei um beijo,
nas luas que miravam um desejo;
as confusões pareciam normais,
as interpretações banais;
mas nada que era para ser vivido,
seria vivenciado sem uma outra vida,
e isso faria com que tudo ficasse para ser lembrado;
todo aquele amor de que me recordo por dias e noites...
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