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31/08/2012

OPÑR

Aquelas coisas da vida...

vida vazia tão perdida em encontros,
uma lembrança esquecida pelos outros;
a lágrima sozinha dizia sem perdoar,
o que qualquer outra palavra não sentiria para continuar;
era tão simples saber como se viver e apenas seguir,
mas era preciso errar para progredir;
e até quando as estrelas caíram,
e a lua não refletia a sua luz;
eu ainda estava a esperar por algo que me protegesse...
palavras em minha mente,
e,
eu posso não ser só um sonho para as minhas antigas mulheres,
eu nem preciso ser a última chance pelos meus últimos tempos,
apenas fico seguindo aqueles passos pelo céu,
para então descobrir o infinito em sua bela alma;
por aqueles dias tão distantes de um toque,
por aquelas vezes que não tiveram um seguimento;
tudo tão simples e longe...
eu não posso voltar pelo final,
a memória já se viveu sem um bom sinal;
livres e desesperadas,
e cada marca era uma certeza errada;
éramos uma vida sem realidade.
o universo era uma solidão e a palavra...

OPÑR

Tempos e almas

caindo pela céu da noite,
as rosas que um dia as minhas palavras de amor juraram;
seguindo pelos caminhos em sonhos,
os passos no tempo e o silêncio que marcavam o rumo;
um dia que se passava sem a lembrança...
entorpecido por cada falta que senti,
afundado em saudades que já estavam mortas,
perdendo as memórias no meu coração;
vagando sem uma esperança...
pelos finais e perdas,
as mentes sempre foram tão alienadas;
quando as palavras se perderam caladas,
e tudo já era mais nada,
sem marcas nas calçadas,
sem desejos pelas cartas;
as feridas ainda estavam tão visíveis;
os passos já não me mantinham tão vivo,
as memórias já nem se faziam lembrar,
dos poucos dias que se viverão feliz sem saber,
das inúmeras vezes que se errou sem querer,
de desculpas por meros perdões,
do amor por simples emoções;
aquele olhar cansado de ser o último a ser notado,
já não se fazia triste pelo passado...

03/08/2012

OPÑR

Outrora

caindo sobre os meus dias,
recuperando algumas palavras tão perdidas,
a graça que o senhor te deu para brilhar...
era complicado perceber tudo já separado,
o pequeno viver é doce;
de longas estradas incertas,
pelos ventos que mudaram as folhas de lugar,
pelas lembranças que pouco viveram dentro de um lar feliz.
o tempo sem sonhos,
a vez sem volta,
a falta não sentida,
o acaso sem surpresas...
alguma memória foi esquecida,
e pela perda não haveria uma saída;
tudo já teria tido a sua chance,
mesmo sem o caminho para voltar por onde viemos...
o olhar calado afundando cada mente inventora,
o passo no erro não encontrava uma mente sofredora;
apenas carros de fuga sem direção,
mirando cada infinito sem imaginar a reação;
as minhas letras haviam se perdido,
nenhum verso fazia parte do que eu havia sentido;
sem marcas nem dores,
pelas tardes e amores;
nada mudaria no espaço,
nem por falta de seu traço;
linhas tortas riscavam os rumos,
crises bobas manchavam os muros;
e ainda sem tempo e opinião,
tão longe para viver sem uma outra felicidade,
tão longe de tudo que me trouxe a saudade...