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03/08/2012

OPÑR

Outrora

caindo sobre os meus dias,
recuperando algumas palavras tão perdidas,
a graça que o senhor te deu para brilhar...
era complicado perceber tudo já separado,
o pequeno viver é doce;
de longas estradas incertas,
pelos ventos que mudaram as folhas de lugar,
pelas lembranças que pouco viveram dentro de um lar feliz.
o tempo sem sonhos,
a vez sem volta,
a falta não sentida,
o acaso sem surpresas...
alguma memória foi esquecida,
e pela perda não haveria uma saída;
tudo já teria tido a sua chance,
mesmo sem o caminho para voltar por onde viemos...
o olhar calado afundando cada mente inventora,
o passo no erro não encontrava uma mente sofredora;
apenas carros de fuga sem direção,
mirando cada infinito sem imaginar a reação;
as minhas letras haviam se perdido,
nenhum verso fazia parte do que eu havia sentido;
sem marcas nem dores,
pelas tardes e amores;
nada mudaria no espaço,
nem por falta de seu traço;
linhas tortas riscavam os rumos,
crises bobas manchavam os muros;
e ainda sem tempo e opinião,
tão longe para viver sem uma outra felicidade,
tão longe de tudo que me trouxe a saudade...

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