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22/04/2012

OPÑR

O meu último destino...


eu deveria saber do tempo,
das questões que envolviam aquele sentimento;
das histórias pelas horas,
de acasos e traços;
eu deveria saber de amor,
daquelas emoções que me sentiram;
das formas que não tive para trilhar a felicidade.
eu deveria entender os números,
tentaria seguir mesmo sem passos,
e continuaria seguindo os seus atrasos...
um céu pela primeira vez se partiu,
diante de meus olhos ela estava;
eram poucas as palavras para continuar aquele momento,
e eu me sentia sem o chão;
o medo de perceber que não era real,
me fez sonhar;
te fez chorar;
e talvez eu deveria saber o que era realmente um sorriso;
deveria ter entendido o seu pedido;
e de distâncias eu vivi,
estive por cicatrizes que nunca me esqueceram;
e deixei que aquelas marcas ficassem pela lembrança,
por uma saudade que eu chorei;
por todas aquelas coisas que me faziam te amar,
eu saberia fugir para me encontrar;
e por um último vagaria sem ter que olhar para trás...

21/04/2012

OPÑR

Algumas palavras por você...


uma pele fria;
uma história minha;
coisas que sentia,
pessoas que não via;
olhar baixo,
mãos fechadas,
livros calados;
o amor estava livre,
as respostas presas dentro de cada um.
caminhava para longe,
sozinho sem marcar os passos;
as gotas pelo chão deixariam o rumo...
nada de velhas canções;
os retratos perdidos levaram as vidas,
e as palavras criavam mais dias vivo,
por tempos de solidão;
por vontades de uma ilusão,
eu estive por uma linha reta;
e tudo permanecia confuso,
eu estava pelas horas com você;
e tudo ainda seguia escuro,
estive dentro do seu coração,
estando por antigas lembranças...
ela ainda continuava dentro de mim,
aquela menina que iluminava o céu;
com as suas formas tão plenas,
as rosas se espalhavam pelo jardim;
cada página se libertava de um julgamento;
dos passados de um sonhador,
até o amor de uma memória;
ela permanecia sendo tudo até o fim,
todo o meu ser,
toda aquela esperança;
ela seguia pelas minhas palavras e pensamentos...

20/04/2012

OPÑR

Um erro pelo silêncio vagava...

uma palavra não dita,
que insistia em me deixar calado,
que perdurava em um sofrer já jurado,
por não ser amado,
por já ter sonhado;
junto a um trilho iluminado,
a vida já teria me alinhado;
passos nos atrasos,
tudo era difícil para se manter por um coração desgastado,
o tempo não controlava os atos,
o destino não criava fatos;
poderia ser um simples sorriso,
ou até em um segredo iludido;
mas em cada alma levaria uma crença,
e por cada fé passaria uma nova esperança;
naquela confiança que adquiri,
aquele amor que senti;
continuava por traços infelizes,
e tentando correr para outro lugar,
fugi das minhas próprias felicidades;
e estive olhando o passado com saudade...
as minhas mãos renegaram ajuda,
os meus olhos colocaram os retratos por um céu vazio e cinza;
e por cada dependência,
existiria uma experiência;
pois se chorar fosse melhorar,
seria o sinal de que o erro foi a melhor coisa a se fazer;
mas não éramos tão cheios de sonhos,
nem quando achávamos que tudo aquilo era real,
calado pude criar mais dias sem medo...
talvez ainda fosse cedo para entender ou tentar,
talvez um erro pudesse trazer apenas uma lembrança,
talvez se tudo ainda estivesse perto das minhas palavras ao silêncio...

15/04/2012

OPÑR

Apenas mais cartas escritas em tardes sozinhas...

escreveria cartas pela solidão das minhas palavras,
deixaria que as marcas em sua pele me mostrassem o caminho;
pois viveria anulado pela minha própria esperança,
por pensar que tudo fosse o amor;
esperei uma rosa pela tempestade,
criei de algum momento perdido;
aquele que foi o mais belo instante,
e estive errado por estar tão distante do que era real;
vidas inversas;
confusas e interpretativas foram aquelas histórias,
pela imaginação que inventou os rumos,
foi o meu coração que trilhou solitário aquele destino;
e por estradas em liberdade aprisionei sonhos,
pelas faces felizes que deixei lágrimas;
pude descrever as mais belas formas,
em puras horas de solidão e lamento...
o céu estava coberto pelo vinho,
a noite brilhou pela incerteza do tempo,
e eu esperava sozinho;
permitindo a cada alma um abrigo,
de lares conturbados,
de sentimentos descontrolados;
de memórias impiedosas;
por tendenciosas expressões;
ela seguia sem o medo para compartilhar,
ela não sentia aquele erro que me fez a amar...
gritos por um vazio,
o sol e as coisas não ditas;
e eu ainda esperava por um sonho acordado;
as luzes e as palavras sentidas.
as árvores faziam a sombra,
o vento era inquieto;
ela permanecia em tão plena beleza e felicidade...
até quando tudo já estava em conformidade,
a minha verdade fazia contrariar,
e por cada noite que vaguei,
e pelas ruas escuras que caminhei,
por todo aquele tempo sozinho que passei;
escreveria as cartas para alguém que pudesse me sentir um dia...

14/04/2012

OPÑR

Salas e Quartos

a solidão era um lugar tão imenso e desconfortável,
me ocupava por cada canto em silêncio...
eu estava sorrindo ao ver o seu retrato,
acabei por chorar ao entender os fatos;
as vezes tudo parecia tão simples;
era um belo dia de sol,
o vento estava leve,
o céu permanecia claro;
mas certas noites foram tempestades;
uma perda ou o adeus,
despedidas com lágrimas,
páginas rasgadas em uma linha até o infinito;
aqueles mundos presos em algum coração,
e eu ainda estava feliz ao ver-lhe tão plena;
pelos desertos em minha mente,
você passeava tão distraída;
na beleza eterna das horas de amor,
na frase mais bela do poeta por amor,
em suaves expressões iludidas de um sonhador...
ecos no horizonte,
vozes ao fechar das portas,
gritos pelas luzes ao apagar;
passos na direção do meu olhar a se fechar;
indicavam um erro inevitável,
em cada tempo;
que seguia o mesmo momento,
e por todos os lugares,
existiam as pessoas certas e impossíveis,
pois pelo tempo que tivesse lembrança,
haveria algum sentimento calado;
sem perder ideologias,
não criava nem palavras que parecessem a tristeza;
meus dias foram se dividindo em instantes vivo para merecer outra vida,
sem falar aquelas expressões guiavam outros passos;
por estradas tão distantes do meu rumo,
pelas promessas ao vento que joguei uma foto sua;
cicatrizes que deixei...

OPÑR

Sobre você e os outros

todas as desculpas remetiam a um passado errado,
e cada perdão permitia uma volta mais calma;
mas por cada vida havia uma estrada,
em um rumo vazio,
ainda por um céu solitário,
por vontades de um silêncio;
as almas trilhavam o destino;
sem pensar que era impossível retornar,
aquelas multidões se lançavam aos dias de pouca luz,
um relento que pesava;
pela imaginação que o tempo criava;
perdia cada expectativa,
não persistia na tentativa,
sem medo e atitude,
virtude de deixar de agir;
sem magoar na plenitude se deixava fingir;
e se desculpar não faria um olhar mudar,
nem chorar pelo seu arrependimento;
nem fugir para esquecer um mundo de pedaços na parede.
apenas se deixe levar pelo vento,
não saiba muito o que fazer em cada momento;
mantenha aquele sorriso iluminado,
sustente um abraço forte;
aqueça a saudade com boas imagens,
mereça cada felicidade com atos,
esqueça aquelas palavras que se perderam.
aconteça uma tempestade,
faça o sol brilhar...

13/04/2012

OPÑR

Por dentro da pele

reflexos do sol éramos por aquele momento tão eterno,
linhas perdidas que cruzavam os nossos caminhos,
que nos tomavam a alma trazendo a lembrança...
no esquecimento procurávamos o desapego,
e por sofrimento nos encontrávamos em desespero;
nas cicatrizes aquelas lembranças se deixavam arrependidas,
por ruas sem luz que caminhei,
pelas casas vazias que construí;
um vento que sempre separava os lados,
pelo céu que sempre juntava o seu brilho;
que sempre esteve sem eu ver por dentro da pele...
fotos e cartas,
memórias e as palavras que nunca foram ditas;
dias e noites,
por todo o passado eu estive afogado por um tempo puro e iludido.
gritos pela cidade,
e o silêncio estaria a me acompanhar por cada passo;
horas e histórias;
mas nada mudaria se não tivesse uma manhã de chuva...
por dentro de dúvidas não haveria medo,
por dentro dos sentimentos poucas verdades,
por dentro da pele a realidade se fazia tão contrária,
e tudo já estava partindo daqueles meus dias,
e tudo ainda permaneceu pelas coisas que imaginei...

OPÑR

Antiga Menina

pequena menina com rosas e lágrimas,
pelas tardes vagava ao silêncio em busca de abrigo,
pelos sonhos deixava mais um caminho deserto.
das coisas distantes no céu,
dos jardins serenos pelas imensidões,
de passos entrelaçados pelo rumo,
por cada hora daquele último dia,
por gotas da chuva,
por cada palavra sem resgate;
os perdões que se tornaram o amor,
me desejaram sorte por estar culpado.
naquela menina que tinha um adeus a desejar;
pelas mentes que a faziam viver sem amar;
as marcas tinham fugido para longe,
e mais uma página em branco tinha sido destacada...
a incerteza no sorriso;
de olhar triste e conformado,
nos espelhos o reflexo daquela solidão;
pelas paredes os retratos daquela paixão,
e nas faces poucos sinais daquela emoção...
a ilusão gera a certeza;
a culpa causa o sacrifício;
o tempo cria laços,
o amor ilumina os traços;
e pelas luzes no horizonte eu estive,
e por esperanças passageiras eu a tive;
e nos acasos atrasos de um tempo sem horas,
e nas promessas poucas verdades;
e na vida que se passava,
nas mudanças que mantiam o quarto vazio...
ela ainda seguia falando comigo como se nunca estivesse sempre sozinho...

OPÑR

Estava sonhando com você

eu estava pela noite,
por um trilho vazio;
eu estava pelo tempo,
por um brilho distante;
mas seguia chovendo,
e eu tentava esquecer aqueles dias;
mas ela estava me movendo,
e tudo me fazia encontrar aqueles traços...
então caminhava para longe,
sem aquelas dores;
as vidas continuavam mais leves e sozinhas;
e eu ainda trilhava o mesmo rumo,
em uma linha reta;
que quase me fez perder as marcas;
pois nada me esperaria ou levaria;
nada que não estivesse dentro de mim.
juntava os pedaços,
criava nas imagens uma situação amável;
pelas imaginações inventadas pelo passado,
muitos instantes foram os mesmos;
por aqueles lugares cheios de solidões,
estradas desertas,
e um pouco de palavras de amor;
eu estava tão perto da dor,
naquele paralelo que dividiria a sua realidade do meu sonho;
mais ilusões foram me moldando,
e eu estava começando a fugir daquela moradia escura e fria;
e por inúmeras noites estar sonhando com você era o que eu mais queria...

OPÑR

Ela e o Amanhã

o sol pela estrada marcava o caminho,
nas luzes de cada rumo;
o brilho único para descobrir a felicidade.

por multidões era visível a solidão,
e por erros ela não seguia o seu propósito,
e por lágrimas ela continuou sem razões para mudar,
e assim pelo tempo,
se esgotavam as chances;
sem criar os momentos,
cada instante sozinha parecia a matar;
sem perceber que era simples viver,
morando em uma prisão para se desfazer apenas das coisas ruins;
pois o sol a seguiria onde fosse;
e lentamente o frio lhe esqueceria...

sem perceber que era simples aprender,
estando em uma imensidão de amores,
a luz continuaria guiando os seus olhos;
e por passos incertos,
tudo estaria sozinho a lhe esperar,
pois o amanhã se cria de um presente,
e o hoje se faz de um sonho...

para onde ela se foi,
se foi um pouco de mim;
por dias do passado tenho lembrado;
mas nada que a lembrança traga,
ira a trazer para perto...

um amanhã sem outras histórias e sorrisos...
as tristezas estavam pela escuridão,
assim como a felicidade;
então me deixe fugir,
se deixe sentir;
e por cada amanhã tenha sorte,
e lembre que tudo ainda está vivo e lembrado.

OPÑR

A Despedida de uma Lágrima

pela manhã de céu cinza,
passos lentos por quartos vazios;
os leitos permaneciam intactos,
as paredes estavam manchadas;
haviam pela cidade aqueles cantos solitários,
lugares onde uma lágrima se despedia.
a felicidade que se escondia por noites iluminadas,
nas imensidões estreladas por um rosto...

o segredo estaria na liberdade para escolher,
e por cada medo que perseguia aquela realidade;
nas lágrimas jogadas a cada tempo,
nas folhas espalhadas pelo vento;
no destino que cruzava os momentos,
e em cada acaso que criava o silêncio.
cada um sabe onde o seu sol nasce...

por muros,
por gritos,
por um dia a mais de vida;
não saberemos reconhecer o erro,
se não conhecermos a verdade;
de intenções distintas criaremos a consequência.

o sonhador por horas divididas,
no coração labirintos,
a mente um abismo;
nas lembranças que guardei,
do tempo que deixei;
a saudade foi o adeus que menos esperei...

12/04/2012

OPÑR

Um Conselho

sons pelo jardim,
sinais pelo caminho,
os últimos passos de uma vida.
de escadas até buracos,
nas voltas e nas perdas;
a vida que sorria;
choraria um amor ou não perdoaria uma lágrima;
uma escolha normal ,
um rumo fora do meu mundo;
que não mudaria nada de antes,
mas que faria do amanhã a chance pelo acaso.
memórias atormentadas por ilusões,
histórias inventadas por emoções;
nada iria trazer ou tirar do lugar,
mas uma palavra já mudaria o começo...
números me davam a resposta exata,
os corações deixavam exatamente a dúvida;
eu não sabia o que era o melhor,
mas fazer era necessário,
e deixar para trás;
seria um atraso...
trazia as rosas;
levando as cinzas,
e era difícil conviver sem ter um amor por perto;
mas a real prova estava no desapego;
na ação sem reação,
que comprometeria cada ser há um merecimento,
que faria do amor verdadeiro;
algo simplesmente inusitado e perfeito.
pois uma estrela a se fixar no céu;
ou uma pedra a se pisar no chão,
dependeria do nosso esforço;
pois teríamos que trilhar o inevitável...
(faça a única escolha)

07/04/2012

OPÑR

Os últimos passos de um andarilho: o sonho que não se acabou...

olhos que não esqueceram de chorar,
as noites guardavam segredos para amar,
pois esperar não era se enganar.
um céu sem brilho pelas mudanças na paisagem,
uma palavra sem salvação por silêncios na sua imagem,
dias infelizes que consumiam aquele tempo;
tristes memórias que não acabaram por um adeus.
(poucas gotas da chuva começaram a cair lentamente...)
adoráveis marcas no espelho,
uma pessoa sem foco era o seu reflexo;
riscos pelo papel me mostraram o caminho,
naquela estrada tão sozinha e sem luz que trilhava os sonhos,
voltava por começos e fazia os círculos se tornarem o rumo...
(tudo que tracei não fez distância alguma para lhe encontrar...)
um olhar distante que significava a necessidade de estar ao seu lado,
um simples verso tão cheio de labirintos e abismos,
horas que não faziam diferença longe dos meus desejos;
desculpas que tão tarde me fizeram aprender a seguir em frente e esquecer;
precisei de mudanças para deixar o meu passado para trás,
e precisei ser aquela mesma pessoa de antes para continuar por aquela direção incerta até o fim...

OPÑR

Dos amores que pensei sobre você...

marcas visíveis pelos corações,
pelos passos no tempo de uma canção;
fui criando uma distância sem limites;
sem atrasos por pessoas,
as lembranças por cada hora manchavam as paredes;
o sol permanecia ao meu lado,
sem esperar por um dilema,
nem temendo uma esperança;
as viagens em minha mente,
me permitiam caminhar um pouco mais para perto de você.
cicatrizes que avisavam os amores,
pelos tempos que passei;
fui deixando que tudo se tornasse um adeus;
sem acasos pelas rosas,
os destinos pelo passado foram se despedindo da minha alma.
a noite me guiava pelo vento,
sem brilhar o céu permanecia vazio,
e nem o seu sorriso faria aquela imensidão iluminar...
por lugares onde estive;
pude deixar um pouco de mim para você,
e mesmo que o manhã não chegasse,
deixaria uma luz pelo caminho para que voltasse para mim...
algum dia deixei,
para lhe dizer;
daqueles amores que pensei sobre você;
até poderia te deixar perto do sol para me aquecer,
mas algum desses dias que poderiam me fazer o seu amor;
alguém nesse tempo que seria o único a te fazer realmente feliz (era eu),
a última das preces,
e eu estaria rezando por você...

OPÑR

eu falava sobre um dia sozinho...

o que um dia poderia ser para toda a vida?
nos trilhos as voltas se faziam;
para um dia que pudesse ser último.
as crianças corriam,
quando o tempo que se passou,
tudo de hoje se fez distante;
na felicidade um abismo,
e levaremos na verdade o principio;
mas em cada espaço vive um universo,
e nas mentes que vivemos;
existe uma bela aurora que se acaba a cada instante.
eu falava interrompido,
eu tentava esquecido,
eu acaba confundindo,
eu criava iludido,
eu amava caído,
eu trilhava perdido,
eu estava sozinho.
muros cheios de palavras,
as palavras repletas de juras,
por mentiras vazias;
e cada vazio era uma ilusão,
e iludido amei;
falando comigo eu chorei,
e um dia poderá ser para toda a vida,
o que alguns tempos nunca foram;
coisas em amargura,
manchas e lágrimas...

OPÑR

Mundo bonito

ondas me levaram para longe,
pessoas me quiseram por perto,
palavras encurtaram as distâncias,
pensamentos me deixavam tão sozinho...
tudo que sonhei merecia estar comigo,
tudo aquilo que senti sobre alguma garota de luz;
nas tardes que chorei apenas por pensar em você,
antes eu não esperava por um dia,
antes eu não queria saber do tempo;
antes tudo era só um mundo bonito,
cheio de mentiras escondidas por traços felizes.
tudo foi me iludindo até o chão...
talvez algum dia tudo mude,
troque para outra rua,
caminhe para outra estação;
não sabemos conviver com outras formas de estado,
pelo jeito de falar,
pela maneira que olhava o vazio,
cada parte daquele verso,
seria encontrada em um outro velho livro...
pelos trilhos que percorri a felicidade,
estive perto do sol e da noite;
quebrando alguns pequenos laços,
partindo aqueles infernos;
fui deixando um lugar mais calmo,
e por um adeus que segui,
por aqueles passos que continuei a procurar pelo deserto;
nada me faria errar novamente por querer apenas um dia de amor...

06/04/2012

OPÑR

Relato

alguém despertava a dúvida de amar,
enquanto as rosas nasciam pelos jardins;
uma nuvem de chuva que me seguia.
poucos erros para se limitar ao silêncio,
poucas palavras para continuar deitado;
e em meu leito de morte irei emanar o amor...
o cuidado seria breve,
a história eterna,
e aquela chance;
naquele momento seria apenas mais uma razão sozinha;
simplicidade que define;
a realidade que brilha pelo céu;
sem merecer,
não poderíamos iluminar uma noite;
para sermos o que deveríamos,
seria preciso lutar...
almas que gritavam,
olhos pela imensidão,
lares vazios esperavam uma volta,
mentes perdidas pelos labirintos;
nas lembranças pouca saudade,
nos relatos poucos caminhos,
de pedidos até promessas,
nada moveria um morto mundo;
que persistia em viver nos meus sonhos;
nas criações daquele senhor,
nos instantes fora de um tempo,
nas perdas e nas lágrimas estive solitário...

OPÑR

Plenitude

naquela chuva que perdia os rastros,
esquecia de marcar os meus passos,
de guia-los por um tempo perdido ao seu lado...
nem lembrava de seguir pelo seu caminho,
sem aprender que me deixei esquecido;
sem entender a simplicidade,
fiz da minha felicidade;
uma escolha incerta.
pelas últimas portas do céu eu vaguei;
por esperanças restantes mantive a fé,
pelas mentes distantes estive com o amor,
por instantes marcantes eu fiz um sorriso,
pela vida passaria a chance;
sem crenças ela não saberia decidir,
e por promessas ela machucaria uma inocente...
pelas palavras talvez tudo fosse superficial,
mas por um coração tudo se faria imortal;
e as poesias contiam sempre a mesma razão,
do propósito que nenhum sentimento se iguala;
do motivo em que todo o erro se abala,
as poesias sempre causavam uma outra emoção;
e ela permanecia inquieta,
enquanto os outros não conseguiam permanecer por uma realidade cruel.
talvez tudo ainda fosse uma ilusão,
mas por aquela chuva que perdi os seus traços;
as lembranças conquistavam o seu espaço,
e elas me guiariam para perto de seus braços;
tudo então se mantia pleno;
estava tão sereno aquele amanhã que nunca se viveu,
continuava com lágrimas e sem palavras aquela história...

05/04/2012

OPÑR

buscando uma vida nas lembranças...

partindo por estradas sem luzes,
cidades de cruzes;
nos olhos livres de um amor prisioneiro,
poucos relatos,
poucos fatos,
todos calados;
e as vidas paravam de sonhar,
os lugares permaneciam limpos e solitários,
pelas encruzilhadas as marcas,
pelos rumos muitos passos incertos;
e o dia estava ficando mais cinza,
nas horas que passavam como gotas de uma tempestade;
as lágrimas me calavam,
se deixavam percorrer aquele traço infeliz;
um medo que não pude conter,
um grito que não se ouvia,
uma mão que não me sentia;
palavras soltas pelo céu,
nas histórias que teríamos ainda desacordados,
por memórias seríamos um retrato;
e pelos abrigos vazios as almas perduravam,
nas esquinas os sinais,
nos jardins as rosas;
tudo estava ocupando o seu lugar;
em pensamento que guardei um beijo,
nas luas que miravam um desejo;
as confusões pareciam normais,
as interpretações banais;
mas nada que era para ser vivido,
seria vivenciado sem uma outra vida,
e isso faria com que tudo ficasse para ser lembrado;
todo aquele amor de que me recordo por dias e noites...

OPÑR

Cachoeira

aqueles caminhos distantes consumiam o tempo,
partiam os muros;
mas eu não estava livre.
permaneci preso a sua ausência,
e a dor de um dia solitário,
perdurou durante épocas frias de minha vida.
e naquela falta tudo se mantia em silêncio,
pois deixei me calar perante uma lágrima e a saudade;
as noites envolviam as rosas,
por entrelaços de amor e esquecimento,
num vento ao virar das páginas,
palavras já criadas ao próximo lamento,
pois os sonhos passavam pela ponte,
sem as conclusões para viver,
um bando de pássaros,
um buque de flores,
pelas cartas jogadas no chão,
mentiras presas por gritos de silêncio;
sem esperança para escrever um sorriso em cada face,
sem a felicidade para esquecer a distância;
estrelas confusas pelo espaço,
brilhos escondidos nos traços;
por toda a eternidade que imaginei,
naquele caminho houve um ideal,
que por cada rumo viveu um amor irreal...
nas cachoeiras que tudo passam,
estava longe de nós,
senti tristeza,
e até quando a certeza fizesse um agrado,
ao meu lado;
estariam sempre aquelas fotos antigas;
outros lugares,
novas pessoas;
tudo seria passageiro,
e teria um fluxo normal.

OPÑR

Folhas e Ventos

passos errados encontravam o sol por rumos tão normais,
pelo céu os segredos escondiam o medo de uma garota,
noites contrariadas pediam o perdão,
linhas perdidas ao infinito cruzavam aquela escuridão sem temores;
e a cada pisada que ela dava na areia,
a estrada se tornava ainda mais sem retorno.
planos sem escolhas,
no acaso que dividiria cada amor;
decisões por tempos,
na vida que passaria por cada dor;
sem trilhas os pensamentos viajavam pelos labirintos;
sem aquela lágrima,
talvez tudo não fosse mudar,
e se a chuva não viesse;
quase nada estaria a me esperar...
mas sempre se mantermos a força,
criaremos na alma a resposta sábia para as coisas;
e para cada inverdade imposta,
deixaremos um aprendizado para se entender.
nos ventos que se despediram,
nas folhas que indicaram o adeus,
nas mentes por abismos e desertos,
nos momentos iludidos que estive calado.
em mim haveria chance,
de mim partiria a luz,
para mim restaria a vida...

04/04/2012

OPÑR

Nós sem os nossos amores

um sorriso preenchia os espaços,
o amor libertava os traços;
passageiros foram aqueles dias que tive que esperar,
caminhando pela chuva sem ver os seus passos;
me guiava vagando por uma sorte perdida;
e quando você me encontrou triste,
pude perceber que nunca estive sem a sua atenção;
pois levariam de mim o sol,
por memórias deixaria a luz;
nas histórias que o meu coração conduz,
no seu brilho o meu destino faz jus.
éramos fracos e sonhadores;
causadores de um segredo indesejado;
nós sem os nossos amores,
por mentes um silêncio,
pelas multidões gritos;
tudo se mantia a esperar um dia feliz,
e não teríamos nada para fazer;
sem algumas horas de solidão,
sem a saudade ou arrependimento;
sem agir nada poderíamos sentir,
nada seríamos se não houvesse o outro lado...

OPÑR

Ela

ela se joga para dentro de um abismo,
sem consequencias ou punições;
cada palavra se tornava um fim sem volta para perdões;
e ela finalmente se afastaria para longe das chances que deixei...
no silêncio de um quarto vazio,
por mentes livres que sobrevoavam os céus,
em tardes frias de amor,
nas promessas que não chagariam dentro dos corações,
ela se dizia forte e confiante;
mas sempre terminava tendo que voltar atrás;
por juras interpretadas,
por muros inabaláveis,
por ações inexistentes;
pelas rosas de um jardim morto,
pelas luzes de uma amargura na escuridão,
nos deuses que mantiam a fé,
nas ondas que levavam um pedido,
criavam um sorriso a quem fosse agradar;
e ela permanecia calada dessa vez;
esperando por alguma evidência do tempo,
ela continuava o caminho sem aqueles traços contentes na pele,
e pelos laços que deixou pela cidade;
ela se desfez da vida que a mantia de pé,
e seguia com os seus últimos dias tristes...
nada mudaria uma razão,
nada deixaria de existir,
nada seria amado ou odiado,
nada mais estaria igual para sempre.;
pois a cada lugar onde viveu um coração;
haveria um novo propósito para se continuar vivo;
e ela viveria em mim,
sempre que a vida não fosse me dar amor;
ela faria de mim um sonho,
se eu a fizesse real.

OPÑR

Eu e as luzes de um caminho de rosas...

as palavras alinhadas ao sol,
os tempos cruzados a cada destino,
as orações eram os últimos pedidos;
naqueles sentimentos que me afoguei,
e que mais tarde me fizeram rastejar;
nas luzes que me guiei,
nos olhos que pude ficar distante,
tudo partia de mim,
sem que os meus sonhos fossem despertados;
nas manhãs que não sabiam amar,
aqueles passados esquecidos ficaram pelas mentes;
nos dias inesperados que não sabiam agir,
aquelas lembranças foram ficando pelo caminho;
então os meus amigos se foram,
as flores se moviam com o vento,
e tudo estava mais distante do tempo.
há solidão que não se deixa sozinha;
pois existiam gritos para me salvar;
mesmo sem ninguém,
mesmo com o coração vazio;
sempre haveria uma luz;
os livros em branco esperavam as histórias;
nas histórias que escreveram cada rumo,
que cada sol seria guiado por uma alma;
uma dor normal até o fim da noite;
estrada de traços,
um céu de lágrimas...